O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê receber apoio das autoridades norte-americanas, ainda este ano, para melhorar a supervisão bancária e prevenir o branqueamento de capitais, afirmou o governador Valter Filipe em cerimónia ocorrida terça-feira, em Luanda.
O governador, ao discursar no acto que assinalou o quadragésimo aniversário da entrada em circulação do kwanza, que em 1977 substituiu o escudo português, disse que o apoio mencionado é fundamental para que os bancos angolanos possam “resgatar a sua reputação junto dos bancos correspondentes” e, com isso, voltar a ter acesso a divisas.Valter Filipe disse ainda ter estado em Outubro de 2016 nos Estados Unidos e “dos contactos que mantivemos e que temos continuado a manter deduzo que este anos vamos ter apoio do Tesouro americano”. Falando especificamente do kwanza, o governador do banco central disse tratar-se de uma ferramenta fundamental para apoiar a economia do país, que se encontra num processo de diversificação.

O governador sublinhou que ao Banco Nacional de Angola, enquanto banco emissor e responsável pela preservação do valor da moeda nacional, cabe a responsabilidade da garantia da estabilidade do valor da moeda, que tem como funções intrínsecas ser um meio de troca, de pagamento e de reserva de valor. Na semana passada, o Conselho Nacional de Estabilidade Financeira (CNEF) apreciou com satisfação as medidas do BNA que visam o restabelecimento de relações com os banco correspondentes, a reposição da imagem do sistema financeiro e a sustentabilidade do mercado de seguros e resseguros.
O CNEF reiterou a necessidade da adequação do sistema bancário nacional aos procedimentos internacionais. O Banco Nacional de Angola (BNA) está, desde meados do ano passado, a implementar um pacote de medidas, denominado ‘Projecto de Adequação do Sistema Financeiro Angolano às Normas Prudenciais e Boas Práticas Internacionais’, que reforça a sua posição de autoridade de supervisão. O projecto procura impedir que o sistema financeiro nacional esteja à margem do sistema global, o que dificultaria a sua acção, fragilizando um dos pilares em que assenta, cada vez mais, o conjunto da economia.
Axact

Revista 11

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