Luanda - O presidente da Companhia de Seguro de Créditos (Cosec) reforçou hoje, em entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, que Portugal está a negociar com Angola o aumento da linha de crédito para 1.500 milhões de euros.
Fonte: Lusa

Há uma semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, de visita a Luanda, anunciou que o aumento da linha de crédito para 1.500 milhões de euros estava em estudo.


O governante português referiu mesmo que a autorização da despesa que permitirá esse aumento já foi inscrita no Orçamento do Estado para 2017.

Na entrevista, o presidente da Cosec concretiza que há interesse do Governo angolano em utilizar a linha de crédito para obras públicas de médio prazo.

Miguel Gomes da Costa recorda que a linha esteve parada, porque os angolanos tiveram alternativas de financiamento mais interessantes do que as oferecidas pelos bancos portugueses. No entanto, afiança, o interesse está a voltar, sobretudo para projetos entre dois a sete anos.

Por isso, “é nesta altura que o Governo português deve apoiar mais os angolanos”, sublinha, considerando que Portugal deve ajudar Angola numa perspetiva de longo prazo.

Admitindo que a sinistralidade relativamente a Angola, tanto ao nível do incumprimento do importador, como ao nível do risco de transferência, cresceu, o responsável assinala, por outro lado, que se tem verificado uma melhoria de pagamentos nas transferências.

Na mesma entrevista à Antena 1 e ao Jornal de Negócios, Miguel Gomes da Costa diz que o Governo português já renovou em 350 milhões de euros as garantias para seguros de crédito em países de risco político, para 2017. Trata-se de uma linha criada em 2009, durante a crise, e que permitiu às empresas continuarem a exportar para países fora da União Europeia e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Miguel Gomes da Costa assume ainda estar preocupado com a evolução do comércio internacional, determinante para uma economia aberta como a portuguesa.

Em 2016, o comércio internacional teve, em volume, o crescimento mais baixo desde 2009, mas a expectativa é que em 2017 haja alguma melhoria de crescimento, fruto da recuperação de mercados emergentes como Brasil e Rússia.

Relativamente à economia portuguesa, Miguel Gomes da Costa considera fundamental focar a estratégia de crescimento mais nas exportações do que no consumo. “A estratégia do consumo não teve resultados tão bons como se queria”, observa.
Axact

Revista 11

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