O Ministério da Saúde já tem um plano de acção para estancar o surto de cólera que desde Novembro do ano passado assola o município do Soyo, na província do Zaire, bem como evitar o seu alastramento para outras regiões do país, afirmou hoje, segunda-feira, nesta cidade, o titular da pasta, Luís Gomes Sambo.

Em declarações à imprensa no final da visita que a comissão inter-ministerial efectuou às localidades mais afectadas pelo surto, Luís Gomes Sambo reiterou que o plano de acção já começou a ser executado com a tomada de medidas cautelares e profiláticas, com vista a controlar a situação epidemiológica nesta região.

“O mais importante é a tomada de medidas cautelares para invertermos a tendência do alastramento do surto em outras localidades do município e não só”, vincou o ministro.

Para o cumprimento deste desiderato, segundo o ministro, já foram disponibilizados medicamentos suficientes e preparados técnicos de saúde que para além da assistência médica e medicamentosa desenvolvem também acções de sensibilização junto das comunidades.

Para o ministro, é fundamental, nesta fase, que se melhore o saneamento básico das comunidades e se proporcione mais água potável à população residente nas localidades afectadas.

“Estamos a tomar medidas muito importantes no sentido de evitar a propagação da epidemia para outras partes do território nacional”, acentuou.

De acordo com o titular da saúde, as estratégias adoptadas para conter esta epidemia estão bem delineadas, frisando que o mais importante agora é a sua aplicabilidade consoante os recursos necessários.

“Já elaboramos um orçamento a nível nacional. Temos vindo a conversar com o Ministério das Finanças sobre os mecanismos adequados para se garantir o financiamento deste plano de combate ao surto da cólera”, reforçou.

Informou que até a presente data já foram notificados a nível do município do Soyo 104 casos de cólera, que resultaram em seis óbitos.

“O que podemos constatar é que a epidemia  afecta a parte insular deste município, que é constituída por mais de 150 ilhas, das quais 60 habitáveis”, ressaltou.

“Também gostaria de realçar que as informações que recebemos das ilhas por nós visitadas dão conta de que os primeiros três casos de cólera foram registados entre cidadãos da RDC. Como sabem essas ilhas partilham limites com as da RDC e, naturalmente, quando acontece situação de género num lado, logo atinge o outro”, sustentou.

Uma comissão inter-ministerial integrada por ministros da Saúde, das Finanças e do secretário das águas, respectivamente, Luís Gomes Sambo, Archer Mangueira e Luís Filipe da Silva trabalha desde hoje (segunda-feira) no Soyo, para se inteirar do surto de cólera que assola a região.

As ilhas de Kirusso, Mbubu, Nvindi, Kimpula e Libi (zona insular do município) são as mais afactadas por esta doença.

A delegação inter-ministerial regressa terça-feira a Luanda.
Axact

Revista 11

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